domingo, 24 de julho de 2011

Do You Remember Me? Parte 10

- Eu posso saber onde vocês duas vão passar a noite?
- Depois eu te falo, filha. Passa pro Justin? Preciso falar com ele.
- O que a senhora quer falar com ele?
- Passa pra ele, por favor?!
- Tá bom.

            Entreguei o celular dizendo que minha mãe queria falar com ele.

- Alô?! Sra. Sampaio?
- Oi, Justin. Então, preciso falar com você...
- Pode falar.
- Eu e sua mãe vamos passar a noite fora, e eu queria pedir a você pra que dormisse com a Alycia. Ela pode não querer, mas eu não posso deixá-la sozinha. Você faria isso por mim?
- Claro, minha sogrinha preferida. Mas onde vocês estão?
- Depois a gente fala com vocês sobre isso, agora tenho que desligar. Tchau!
- Tchau! Beijos!
- Beijos!

--- Ligação ---



- O que ela disse a você? – perguntei.
- Ela me pediu pra dormir com você.
- Hã?
- É que ela não quer que você fique sozinha.
- Só podia ser minha mãe mesmo, até parece que eu não sei me cuidar. Olha, não precisa se incomodar, ok? Eu durmo sozinha numa boa.
- Acha mesmo que eu vou te deixar sozinha? Nem pensar, vou lá no meu quarto pegar uma roupa e tomar um banho, e depois volto aqui.
- Só não vou insistir porque eu sei que você é cabeça dura.
- Hahaha' Tchau, amor!
- Tchau!
           
            Assim que Justin saiu, eu fui para o banheiro tomar banho. Demorei mais de meia hora, o dia tinha sido um pouco exausto, eu e o Justin tínhamos andado muito. Quando eu saí do banheiro, trajada apenas em roupas íntimas, me deparei com o Justin deitado em minha cama mexendo no meu notebook. Rapidamente dei meia volta e quando eu já estava entrando no banheiro, Justin correu até mim e me segurou pelo braço.

- Me solta. – falei me virando pra ele.
- Você está linda!
- Justin, deixa eu me trocar.
- Você fica melhor assim.
- Você é ridículo! Me solta, agora. – sacudi meu braço, mas ele não soltou – Você acha que é dessa forma que vai me ganhar? Você é muito infantil.
Ele olhou pra baixo e me soltou. Passei por ele, peguei uma roupa no closet e voltei para o banheiro. Quando saí do banheiro procurei o Justin no quarto, mas não o achei. Fui até a sala e lá estava ele, chorando.

- Justin, você está chorando? – perguntei passando a mão em seus cabelos.
           
Ele não respondeu nada, apenas me abraçou.

- Desculpa se eu te disse alguma coisa que tenha te magoado, não era a minha intenção.
- Eu que tenho que te pedir desculpas, eu agi feito uma criancinha. Eu estou desesperado, eu não sei o que eu faço pra te ter, eu apelo por tudo, tudo, mas nunca dá certo.
- Justin, se um dia a gente tiver de ficar junto, a gente vai ficar. Agora, por favor, para de chorar.
- Você me perdoa?
- Pelo quê?
- Pelo o que eu fiz lá no quarto.
- Tudo bem, já passou. – sorri – Vem, vamos dormir.
- Eu vou dormir com você?
- Sim.
- Sério?
- Sim.

            Justin deu um sorriso do tamanho do mundo. Fomos para meu quarto, nos deitamos na cama e ficamos nos olhando. Alguma coisa me dizia pra dar mais uma chance ao Justin. Ele era o garoto no qual toda garota gostaria de namorar. Sabe, aquela história de príncipe encantado? Então, ele parecia ser um.
- Eu te amo, Alycia!
- Eu também te amo, Justin!
- Meu Deus! Sério mesmo? – podia ver seus olhos, eles estavam brilhando.
- Sim. – sorri.
            Justin foi se aproximando mais de mim. Seus lábios iam ao encontro dos meus, enquanto suas mãos entrelaçavam em minha cintura. Eu não iria negar, eu queria beijá-lo novamente. Fechei meus olhos e me deixei levar por aquele momento. Aiai! Como eu estava sentindo falta daquele beijo doce e delicado.
- Justin, isso foi errado. – me senti culpada.
- Errado, por quê?
- Nós não estamos juntos, e você acabou de terminar com a Mel.
- Pra se beijar precisa namorar ou algo do tipo? E outra, eu terminei com a Mel pra ficar com você.
- Eu só não acho isso certo.

            Ele permaneceu calado. Ficamos nos olhando por um tempo, até eu dizer:
- Estou com sono. Vamos dormir?
- Dormir?
- É. – respondi confusa com sua pergunta – Não é isso que fazemos quando estamos com sono?
- Hahaha' É sim.

   
Continua!

Do You Remember Me? Parte 9

- Não te devo satisfações, mas... eu vou comer algo por aí.
- Sozinha? Isso não é muito perigoso não?
- Eu sei me cuidar, agora me deixa ir que eu já estou morrendo de fome.
- Eu vou com você.
- O quê?
- Eu vou com você, não posso te deixar ir sozinha.
- Não precisa se incomodar, eu vou sozinha.
- Não é nem um incomodo, eu não estou fazendo nada mesmo, iria ser uma honra te acompanhar.
- Ok, eu sei que você é muito cara de pau e ainda insiste em ir comigo, mesmo sabendo que eu não quero que você vá, mas eu sei também que você não vai desistir até ter o que quer. Então, se quiser ir comigo vai ter que ir calado.
- Tá bom, eu aceito.
- Vamos logo que eu estou quase caindo de fome.
- Nós vamos de carro, né?!
- Claro que não, temos que apreciar a paisagem.
- É, você não mudou nada. Vamos vai.
            Fomos andando sem rumo. Procurávamos algum lugar aconchegante para comermos. Quando eu vi o MacDonald's, comecei a pular... fazia tanto tempo que eu não comia um Big Mac.
- Calma garota, é só um Big Mac. – disse Justin rindo feito um louco de mim.
- Ah, você sabe como eu sou... não posso ver o hambúrguer dando sopa por aí.
- Hahaha' Meu Deus, nunca ri tanto como hoje. Você continua a mesma louquinha de antes.
- É, e você continua o mesmo bobo abestalhado u.ú
- Amo quando você me chama de bobo.
- Por isso que você é bobo.
- Te amo!
- Ér... Já terminou de comer? Vamos andar um pouco?
- Vamos. Espera só um pouco, vou pagar a conta.
- Não, quem vai pagar a conta sou eu.
- Nananinanão, mocinha. Eu que pago, já volto. – se levantou e foi até o caixa.
- Justin! – levantei e fui atrás dele – Eu que te trouxe aqui, então sou eu que tenho que pagar.
- Me espera lá fora.
- Justin.
- Vai.

            Eu morria de raiva desse lado dele, ele nunca me deixava pagar a conta. O que eu mais gostava é que ele sempre era fofo comigo, isso me fazia gostar ainda mais dele. Depois que ele pagou, fomos andar pela cidade. Estávamos conversando sobre tudo, as coisas mais bestas que se possa imaginar. Ríamos feito loucos no meio da rua.

- Vai dizer que nunca fez isso? – ele me perguntou com cara de "todo mundo já fez isso um dia".
- Andar na rua enrolado no papel higiênico e ainda cantado umas músicas loucas? Não, eu nunca fiz.
- Mas você vai fazer.
- É mesmo? E se eu disser que não quero?
- Eu te obrigo.
- Hahaha' Nem minha mãe me obriga a fazer algo, quanto mais você.
- Vamos ver.
- Não, eu já estou vendo, não sou cega u.ú – eu sempre falava isso quando ele dizia "vamos ver".
- Argh, odeio quando você diz isso.
- Eu amo dizer isso.
- Deve ser porque você me ama. Dizem que quando a gente ama alguém, fica fazendo de tudo pra irritá-la.
- É engraçado! Você sempre arranja um jeito de levar as coisas pra o outro sentido.
- Vai ser assim até você ceder.
- Pois isso vai demorar muito...
- O quê? Então quer dizer que você vai voltar comigo?
- Não.
            Que mancada! Não queria ter dito isso, apenas saiu sem perceber. Isso acontece quando estou à vontade de mais.
- Ah, confessa vai. Eu sei que você quer voltar comigo, só está se fazendo de difícil.
- Vamos voltar pro hotel.
- Por quê?
- Porque já está na hora.
- Por favor, vamos andar mais um pouco? – fez um biquinho fofo – Ainda nem são nove horas. O que você vai fazer naquele hotel? Assistir Bob Esponja e comer doritos?
- Bob esponja e doritos é um bom passa-tempo    U.U    Mas tudo bem, não estava afim de voltar para o hotel. Mas vou logo dizendo: nada de gracinhas, ok?!
- Ok, ok. – sorriu.
- Vamos ao cinema? Faz tanto tempo que eu não assisto a um filme legal.
- Eu já ia te chamar pra ir.
            Assistimos a um filme romântico, quase chorei. No meio do filme o Justin pegou na minha mão, no início fiquei meio desconfortável, mas depois pensei: "Amigos também se dão as mãos.", então não me importei muito com aquilo. Logo após o cinema, fomos comer mais besteiras. Justin ainda segurava minha mão.
- Algodão doce?
- Pode ser. – respondi.
            Comemos o algodão e depois decidimos voltar para o hotel. Já era mais de meia noite. Nossas mães não estavam no hotel.

- Liga pra sua mãe. – falou o Justin.
- Boa ideia, vou ligar agora mesmo.
            Peguei o celular e disquei o número de minha mãe, não demorou muito pra que ela atendesse.

--- Ligação ---

- Alô!
- Oi, mãe.
- Ah, oi filha. Tudo bem? Aconteceu alguma coisa?
- Tudo bem, não aconteceu nada. Só liguei pra saber onde a senhora estava.
- Ah, eu já ia ligar pra você. Eu e a Pattie não vamos dormir no hotel hoje, mas não se preocupem que amanhã no fim da tarde já estaremos aí.

Continua!

Do You Remember Me? Parte 8

- Mas não é verdade?
- Não.
- Você sabe que é. Ah, já ia me esquecendo de falar... eu terminei com a Mel.
- Hã?
- Isso que você ouviu, eu terminei com a Mel.
- Eu não acredito nisso. Você está louco?
- Sim, completamente e perdidamente louco por você.
- Ok, vou falar com sua mãe, você precisa ser internado urgentemente.
- Eu fiz isso pra poder ficar com você.
- O que foi que ela disse? Qual foi a reação dela?
- Bom, ela ficou um pouco triste, mas eu acho que ela entendeu, pelo menos foi o que ela disse.
- Ela disse que entendeu? Só isso?
- Na verdade não. Ela falou que gostava de mim e, que se eu achasse melhor assim estaria tudo bem pra ela.
- Ela gostava de você ou te amava?
- Eu... eu não sei.
- Você falou de mim pra ela?
- Sim.
- O quê? Eu não acredito. Só falta você ter dito que terminou com ela por minha causa.

            Justin abaixou a cabeça, como se estivesse dizendo que era culpado.

- Eu não acredito nisso Sr. Justin Drew Bieber. O que você falou pra ela?
- Só disse que tinha te reencontrado e que eu queria voltar com você. Ela entendeu, eu já tinha falado de você pra ela antes.
-Você passou dos limites.
- Olha, não dá mais pra voltar atrás, até porque eu não me arrependo de nada do que eu fiz. Então, acho melhor esquecermos disso.
- Não tem como esquecer. Você fez a pior coisa que poderia ter feito pra uma menina, ainda mais se ela te amasse.
- Alycia, eu fiz isso por você, por que você não consegue entender?
- Quem não consegue entender é você. Pensa comigo: alguma garota ficaria com um cara que dispensa uma menina por outra? A não ser se ela fosse muito burra. Mas e se ele fizesse isso de novo?
- Lilly, com você é diferente. Eu te amo de verdade, e é isso que importa.
- Ok, acho que já está na hora de você ir embora.
- Alycia...
- Por favor – o interrompi –, vá embora.
- Tá bom.
            O levei até a porta, mas antes de sair virou pra mim e disse:
- Eu vou embora, mas não pense que eu desisti de você.
- Tchau! – falei fria.
- Tchau! – ele se aproximou pra me beijar, mas eu me afastei – Te amo! – após ter dito isso, ele foi embora.

            Eu não sei o que estava acontecendo comigo, eu não estava reagindo normalmente. Se fosse há alguns meses atrás, eu não teria me importado com nada e nem ninguém, só lutaria pela minha felicidade. Acho que durante todos esses anos aprendi a não pensar só em mim, e eu acho que é por isso que eu estou sofrendo agora. Só espero que a ex-namorada dele não esteja com raiva de mim, até porque eu não tenho culpa nessa história, o Justin não deveria ter agido assim, pelo menos não tão cedo. Mas tenho que confessar que eu gostei de sua atitude, não sei se eu teria a coragem de fazer o mesmo se fosse eu.


            Passei o resto do dia assistindo TV, minha mãe ainda não tinha chegado da rua, provavelmente ela estaria trabalhando. Eu estava faminta, então decidi me arrumar e sair pra comer algo.



             Desci as escadas e, quando eu já estava saindo do hotel, uma garota me parou.
- Oi! Você é a Alycia, não é?!
- Sim sou eu, e você quem é?
- Prazer, sou a Mellanie – estendeu a mão –, mas todo mundo me chama de Mel.
- Prazer! – retribuí seu cumprimento – Você não é a namorada do...
- Ex-namorada do Justin – me corrigiu –, sim sou eu. E você é a dona do coração dele, certo?
- Não sei.
- Como não sabe? Ele terminou comigo pra ficar com você.
- Olha, eu não sei o que ele te falou, mas eu não fui a favor disso.
- Ah, não? – sorriu ironicamente – Só quero que você saiba que eu não desisti do Justin, eu vou lutar por ele até o fim, e vou passar por cima de quem estiver na minha frente, você é um exemplo.
- Isso é uma ameaça?
- Por enquanto é só um aviso. Saia do meu caminho antes que seja tarde demais.
- Não tenho medo de você, eu não vou me afastar do Justin, eu o considero como amigo, e não é você que vai mudar isso.
- Pois vamos ver.
            Vimos o Justin se aproximando. E de uma hora pra outra a expressão da Mellanie mudou.
- Tchau queridinha, foi ótimo te conhecer! – sorriu falso e me abraçou.
- Tchau!

            Ela foi embora antes mesmo que o Justin chegasse mais perto de nós, acho que ela "fugiu" dele, só não sei por quê. Eu ia sair correndo pra não falar com o Justin, mas ele foi mais rápido.

- Oi, amor! Vi que você conheceu a Mel, o que vocês conversaram?
- Nada demais. – dei as costas e saí andando. Ok, eu achei isso uma falta de educação, mas eu não queria falar com ele.
- Hey, espera! – correu até mim e segurou meu braço – Pra onde você vai a essa hora?


Continua!

Do You Remember Me? Parte 7

- Olha, eu não sei se aconteceu algo com ele, mas se ficarmos por muito tempo aqui pode apostar que vai acontecer algo com a gente.
- Eu sei, mas o que a gente vai fazer? Não temos nenhum saída.
- Saída. É isso. Tem uma saída nos fundos do hotel, onde só passa quem está hospedado. Vamos por lá.
- É, mas pra gente chegar lá tem que passar pela multidão.
- Você não mudou nada mesmo. É só a gente dar a volta no quarteirão. Eu sei que vai gastar muito mais tempo, mas é a única opção.
- Essa ideia é ótima! Vamos logo, antes que alguém nos veja.
- É, vamos.

            Tudo ocorreu bem, eu acho que ninguém percebeu nossa presença ali. Ainda bem, porque eu não estava afim de ser vista com o Justin, pois iria começar tudo de novo, todos falando que a gente estava namorando, e dessa vez não estávamos.

- Nossa! Faz tempo que eu não passo por isso. – falei rindo da situação que tínhamos acabado de passar.
- Se depender de mim, você vai passar por muitas e muitas mais dessas situações.

            Incrível como o Justin sempre levava as coisas para o outro lado, ele sempre dava o jeito de falar de "nós". E mais incrível ainda, era que aquilo mexia comigo, e muito.

- Acho melhor eu voltar logo para o meu quarto, mamãe já deve estar preocupada.
- Não sei porque você fica fugindo de mim.
- Eu não fico fugindo de você.
- Não?
- Não.
- Hahaha' Eu não vou falar mais nada, porque você sabe que você fica.
- Tchau!

            Saí dali rapidinho. Engraçado, ele tinha razão, eu ficava fugindo dele sim. Quando cheguei ao meu quarto, mamãe já estava acordada.

- Oi, mãe!
- Oi, filha! Saiu cedo hoje, hein?! Vamos almoçar fora?
- Vamos sim.
- Tá, espera só um pouquinho, vou me arrumar.
- Ok.

            Me sentei no sofá e fiquei assistindo TV enquanto mamãe não ficava pronta. Depois de algum tempinho, eu e ela fomos para um restaurante que havia perto do nosso hotel. Tinha alguns paparazzis lá, e o mais estranho é que eles estavam tirando fotos de mim. Eu não entendi absolutamente nada. Por que eles estavam me fotografando? Ah, claro... acho que eles nos viram juntos naquele lago. Droga.

- Filha, acho que vamos passar mais uma semana aqui. A Beyoncé me contratou por alguns dias, ela vai fazer uma apresentação e eu vou ter que ajudá-la com as roupas.
- Tudo bem. Ai meu Deus! Eu vou conhecer a Beyoncé!
- Hahaha' Calma menina. Bom, depois do almoço vou sair com a Pattie, hoje à noite eu vou sair a negócios, mas não posso levar você, e amanhã de manhã eu vou adiantar algumas coisas com os empresários da Beyoncé, e só a tarde eu vou me encontrar com ela.
- Vou ter que esperar até amanhã a tarde pra poder conhecê-la?
- Sim.
- Nossa! Vou entrar em depressão até lá.
- Hahaha' Suas piadas me mata. Você devia entrar pro circo.
- Engraçadinha!

            Assim que terminamos de almoçar voltamos para o hotel. Mamãe iria sair com a Pattie e eu iria ficar sozinha. A primeira coisa que eu fiz ao entrar no meu quarto foi me trocar, coloquei uma roupa mais confortável e me deitei na cama. Passou um bom tempo, e eu ainda continuava lá.

- Filha, já estou indo.
- Ok, mãe. Se divirta!
- Obrigada! Tchau! – deu um beijo em minha testa.
- Tchau! – sorri.

            Permaneci deitada na cama, eu estava pensativa. Sim, eu estava pensando em todas as coisas que Justin tinha me dito. _ Será que ele realmente deixaria a namorada dele pra ficar comigo? Mas isso seria uma injustiça com ela. Se bem que eu amaria ver ele fazendo isso por mim, seria a maior prova de amor que ele poderia me dar. Depois de todo esse tempo ele ainda me ama? Minha nossa! Eu pensei que ele nem iria se lembrar de mim. _ Depois de algum tempo, acabei pegando no sono. Quando acordei, levei um susto muito, muito, muito grande. O Justin estava deitado ao meu lado, e estava dormindo.

- Justin! Justin! – falei chacoalhando-o.
- O quê foi? – murmurou.
- Acorda!
- Já estou acordado.
- Então me diz o que você está fazendo aqui.
- Nossas mães saíram juntas e, sua mãe me pediu pra que eu ficasse com você, já que você iria ficar sozinha. Como eu não tinha nada pra fazer e também iria ficar sozinho, aceitei o pedido de sua mãe, só que quando eu cheguei aqui você estava dormindo. Daí eu me deitei também e acabei pegando no sono.
- Minha mãe está muito esquisita. Ela sempre me deixa sozinha, por que justo agora ela iria se preocupar com isso?
- Sua mãe deve estar querendo nos juntar novamente.
- Já começou com essa conversa, Justin?
- Tá bom, tá bom, esquece o que eu falei.
- Boa ideia! Que horas são?
- São exatamente... – pegou seu celular e olhou as horas – quatro horas da tarde.
- Já?
- Pois é! Quando estamos perto de quem amamos a hora se passa rapidinho.
- Vou fingir que não escutei isso.

Continua!

Do You Remember Me? Parte 6

Justin me levou a um lugar cheio de árvores que ficava perto do nosso hotel. Era lindo. Nos sentamos em uma pedra próxima ao lago e começamos a conversar.


- Então, o que você quer falar comigo?
- Preciso esclarecer algumas coisas.
- Tá.
- Eu sei que você terminou comigo, mas eu ainda estou totalmente preso a você. Meu coração sempre pediu por você, desde que você foi embora. Eu nunca te esqueci, nunca mesmo. Depois que você voltou pra New York com sua mãe, eu passei a me focar no trabalho, sabe por quê? Porque foi a única alternativa que eu encontrei pra não sofrer mais do que eu estava sofrendo com a sua ida. Você pode olhar no meu celular, ainda tem as mensagens que você mandava pra mim, de vez em quando eu olho pra me lembrar um pouco de você, e também tenho as fotos que tiramos juntos.
- Nossa! – eu estava extremamente surpresa – E sua namorada não fica com ciúmes?
- Ela não sabe que eu tenho essas fotos e essas mensagens. Hahaha' Eu nunca deixo ela mexer no meu celular.
- Por quê?
- Ela é muito ciumenta, imagina se ela ver isso? Nossa! É capaz dela me matar.
- Hahaha' Mas você não deveria ter fotos e mensagens minha no seu celular.
- Por que não? Eu te amo e sempre te amei.
- E se ela visse e pensasse que você estava a traindo?
- Aí eu ia ver se ela realmente confiava em mim.
- Tá ok, você é louco.
- Enfim, eu quero dizer que eu pensei muito está noite e tomei uma decisão.
- Ah é? E qual foi?
- Eu vou terminar com a Mel.
- Justin, você está errado em terminar com ela.
- Alycia, eu posso nunca mais te ter, mas eu também não posso continuar com a Mel. A quem eu estou querendo enganar? Ela sabe que eu amo você, e sabe também que eu faria qualquer coisa pra te ter de volta. Ela vai entender.
- Mas e se ela realmente te amar de verdade?
- Ela não ama.
- Como você pode ter tanta razão?
- Ok, eu não sei, mas vai ficar tudo bem, comigo, com ela e com você.
- Olha, Justin eu até posso te magoar, mas as coisas nunca mais vão ser como antes. Eu não posso simplesmente deixar você terminar com ela por minha causa.
- Não diz isso, por favor. Eu estou disposto a te ter de volta, e eu vou lutar por isso.
- Justin...
- Alycia – ele me interrompeu –, eu só quero você de volta, quero que tudo seja como antigamente. Quero sair na rua de mãos dadas com você, sem importar com o que a impressa vai falar; quero assistir filmes no escuro ao seu lado, comendo doritos e tomando coca-cola; quero te levar pra todos os lugares que eu for e te apresentar as pessoas como minha namorada; quero passar as tardes ao seu lado, te olhando e dizendo o quanto eu te amo; quero acordar e ver que tem uma mensagem sua no meu celular; quero reviver todos os momentos que vivi com você, eu quero você.
- Justin, eu não posso mentir pra você. Eu ainda te amo. Quando eu te vi ontem, minha vontade era de te abraçar forte e dizer que eu senti sua falta, mas passamos muito tempo longe um do outro, as coisas mudaram. Não posso dizer que também não quero isso, mas você tem namorada e...
- Esquece minha namorada, eu já disse que eu vou terminar com ela.
- Ok, saiba então que se terminar com ela, você nem vai ficar mais com ela e nem comigo.
- Alycia!
- Eu não sou a favor do que você vai fazer. As coisas não são tão fáceis assim, baby.
- Tá bom, mas eu não mudei de ideia, e se você quer ficar se fazendo de difícil, que fique... Um dia você cede. Eu te amo e você me ama, não tem porque ficarmos separados.
- Preciso ir embora, tenho que voltar antes do almoço. – mudei totalmente de assunto, eu já estava sem saber o que falar. – Então, Tchau! – me levantei.
- Deixa eu que te levo. – ele levantou-se também.
- Não precisa.
- Precisa sim, se eu te trouxe aqui, então eu que tenho que te levar.
- Tá bom, tá bom. Vamos!


            Quando voltamos para o hotel, nos deparamos com um mar de Beliebers e paparazzis cercando quase o hotel inteiro. Não tinha nenhum segurança conosco, e por isso eu me desesperei. Estávamos um pouco longe de onde estava toda a multidão, mas podíamos ver de longe todo aquele alvoroço. Justin estacionou o carro onde não dessem pra nos ver.

- O que vamos fazer? – perguntei.
- Não faço a mínima ideia.
- O quê? Você passa por isso praticamente todos os dias, e não sabe o que fazer?
- Não.
- Tá ok, precisamos pensar em alguma coisa, e rápido.
- Certo. Hm... que tal a gente chamar alguns seguranças pra escoltar a gente?
- É pode ser.
- Vou ligar pro Kenny e ele providencia o resto do pessoal.
- Ok.

            Justin pegou seu celular, discou o número e ficou esperando o Kenny atender. Passaram-se alguns minutos e depois de mais cinco tentativas, Justin desistiu.

- Não sei o que aconteceu, Kenny não atende. Ele sempre atende, sempre está a disposição, será que aconteceu algo?


Continua!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Do You Remember Me? Parte 5

Voltamos todos no mesmo táxi. Eu não sabia, mas o hotel em que eu e mamãe estávamos era o mesmo em que Pattie, Justin e Scooter estavam. Logo que cheguei ao meu quarto, fui diretamente tomar um banho e depois dormir, eu estava extremamente cansada.
            Assim que amanheceu o dia, acordei e fiz minha higiene pessoal: banho, escovar os dentes e me arrumar. Estava meio frio lá fora, mas mesmo assim o dia estava lindo. Aliás, todos os dias em Paris são lindos. Pra mim, é a cidade mais bela que existe no mundo inteiro.

Mamãe ainda não havia acordado, então deixei um recado em cima de seu criado-mudo, onde dizia: “Mamãe, eu decidi dar uma saidinha, quero aproveitar um pouco a cidade. Devo voltar antes do almoço. Beijos, Alycia!”.



Mode Justin on

            Desde aquele dia em que eu fui praticamente obrigado a deixá-la ir embora, eu não consegui mais amar ninguém como eu amei a Alycia, eu até já tinha tentado, mas eu não sentia a mesma coisa de quando eu estava com a Alycia. Eu jamais iria esquecê-la, mas ficar me lembrando dela a cada segundo me fazia sofrer mais ainda, então decidi focar somente no meu trabalho, e isso aliviou um pouco a minha dor, porém não totalmente. Dois anos depois que eu e ela havíamos nos separado, eu conheci a Mel e, me aproximei mais dela porque achava que tinha coisas nela que pareciam com a Alycia, a minha Alycia. Depois de algum tempo, nos tornamos amigos. Mas aí as coisas começaram a mudar, o que era amizade estava confundindo com paixão. Cheguei a pensar que eu estava realmente apaixonado pela Mel, mas eu me enganei. Eu procurava nela a Alycia, e isso era errado. Até hoje estou com a Mel, mas não pretendo ficar por muito tempo, porque agora que eu reencontrei a Alycia percebi que é ela quem eu quero. Depois de tanto tempo, eu pude saber o que é realmente o amor, porque meu amor pela a Alycia resistiu a três anos. Terminar com a Mel assim, de uma hora ora outra é errado, eu sei disso, mas eu não posso continuar com ela sabendo que quem eu amo é outra. Eu vou voltar com a Alycia, custe o que custar.

            Como eu estava sem sono, me levantei logo que amanheceu, fui ao banheiro e, logo após fazer minha higiene, me arrumei. Minha mãe estava acordada assistindo TV na sala.

- Bom dia, mãe! – disse lhe dando um beijo em sua testa.
- Bom dia, filho! – ela me deu um beijo em minha bochecha.
- Ér... Mãe, eu vou sair.
- Pra onde? E vai fazer o que a essa hora?
- Vou andar por aí.
- Mas não é perigoso?
- Não.
- Tem certeza? Não é melhor levar o Kenny?
- Acho que não, eu vou de carro, então não tem perigo.
- Isso não é arriscado?
- Não.
- Então tá bom. Vá com Deus, meu filho.
- Obrigado! Tchau, mãe.
- Tchau!

            Peguei as chaves do carro – Às vezes quando eu viajo para outras cidades, eu alugo um carro e aproveito pra passar um pouco quando tenho tempo. E como eu iria passar mais uma semana em Paris, a primeira coisa que eu pedi foi um carro. –, fechei a porta e fui em direção as escadas.

Mode Justin off

...

Mode Alycia on

            Estava indo em direção as escadas, super distraída – Eu tenho claustrofobia. Uma vez quando eu era pequena, uma garota me trancou dentro do meu armário na escola, desde então tenho pavor de lugares pequenos. –, quando eu esbarro em alguém sem querer.

- Ai meu Deus, me desculpa! – eu disse me levantando toda atrapalhada.
- Eu que tenho que pedir desculpa.
            Logo reconheci aquela voz. Era ele.
- Ah, oi Justin! – sorri.
- Oi, Lilly!
            Meu Deus eu ouvi isso mesmo? Ele me chamou de Lilly... eu amava quando ele me chamava pelo apelido, achava fofinho.
- Ér... Tenho que ir. – desci dois degraus, mas fui interrompida com o Justin me segurando pelo braço.
- Lilly... Preciso conversar com você.
- Tá, mas tem que ser agora?
- Sim, você está com pressa?
- Não.
- Então posso falar com você agora?
- Tá, dou cinco minutos, pode começar.
- Hã?
- Brincadeira. – disse rindo da cara que ele tinha feito.
- Eu estou com carro, aí a gente vai pra algum lugar calmo.
- Ok, vamos.


Continua!


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Dependendo dos comentários eu postarei a parte 6 ainda hoje. Beijos, amores! ;*

Do You Remember Me? Parte 4

Todos nós nos sentamos à mesa e começamos a conversar. Eu notava que Justin ficava me olhando descaradamente, sempre que eu olhava pra ele, ele estava a me olhar. Com o passar das horas, aquilo começou a me incomodar, eu queria que ele olhasse pra mim, mas não daquele jeito.

- Com licença, eu vou ao banheiro.
- Ok, mas volta logo filha.
- Tá bom, mãe.
           
Levantei-me da mesa e fui ao banheiro. Chegando lá, eu retoquei a maquiagem e fiquei mais um tempinho pensando enquanto me olhava no espelho. Quando eu saí do banheiro, me deparei com o Justin.

- Oi! – ele disse se aproximando.
- Oi!
- Vem aqui comigo?
- Onde?
- Vem que eu te mostro.
- Mas eu tenho que voltar pra mesa.
- Relaxa, não vamos demorar muito.
- Tá bom, vamos.

Ele me levou a um jardim, que até então, eu não sabia da existência. 



- Nossa! Que lindo!
- É, eu descobri isso aqui da última vez em que eu vim aqui.
- É? E quando foi?
- Não faz muito tempo, os organizadores me convidaram pra fazer o comercial desse evento, e por acaso o comercial foi aqui.
- Ah tá.
- Vem vamos sentar ali naquele banquinho. – ele pegou em minha mão e me puxou.
- Eu preciso te dizer uma coisa.
- Então, diga. – falei curiosa.
- Eu precisava falar com você antes de fazer o que eu vou fazer.
- O que você vai fazer?
- Vou terminar com minha namorada por sua causa.
- Hã? Como assim por minha causa?
- Eu achava que estava sentindo algo por ela, sabe, eu pensei que estava conseguindo te esquecer, mas agora que te reencontrei percebi que eu ainda te amo, amo mais que tudo.
- Eu não entendo. Você vai terminar com ela assim, de uma hora pra outra? Você está sendo precipitado.
- Não estou não, eu quero ficar com você.
- Olha, Justin as coisas não são tão fáceis assim. Você não pode simplesmente terminar com ela, você não liga pra o que ela sente? E se ela sofrer?
- Eu pensei nisso, mas vai ser mais duas pessoas sofrendo se eu não ficar com você.
- Acho melhor voltarmos para a mesa.
- Eu ainda te amo, Alycia.
- Eu também, Justin.
- Então volta comigo?
- Vamos, mamãe já deve estar preocupada.
- Lilly, não muda de assunto.
- Justin, depois a gente fala sobre isso. Agora vamos pra mesa.
- Tá bom. – ele falou cabisbaixo.
           
            Me levantei e fui andando na frente, ao perceber que Justin havia permanecido no mesmo lugar, perguntei se ele não iria voltar pra mesa comigo, e ele me respondeu que não. Fiquei mais alguns segundos o olhando, e depois voltei pra onde o resto do pessoal estava.

- Oi! – falei.
- Você passou mal minha filha? – mamãe parecia estar preocupada, como era de se esperar.
- Não, mãe, eu fui dar uma volta depois que saí do banheiro.
- Ah, então tá bom filha.

            Sentei-me a mesa, e fiquei olhando para o jarro de flores, meus pensamentos voaram pra outro lugar. _ Tudo o que eu mais queria era poder abraçar o Justin e falar a ele o quanto eu o amo, mas, infelizmente, ele tinha namorada. Confesso que quando ele falou que tinha namorada fiquei com ciúmes, claro, como eu poderia não ficar com ciúmes sendo que eu ainda o amo? Eu estava insegura, eu não sabia se permitir que ele terminasse com sua namorada, era o certo. Eu o queria, queria seu beijo, seu abraço, suas caricias, enfim, eu o queria de volta pra mim pra mim. Eu não entendo porque tudo pra mim é tão complicado. _ Após passar alguns minutos, Justin voltou pra mesa ainda de cabeça baixa.

- O que aconteceu filho? – Pattie lhe perguntou.
- Nada.
- Como nada? Por que você está assim então?
- Mãe, não foi nada, é sério.
- Tá bom, mas quando chegarmos ao hotel vamos conversar.
- Tá. – ele disse olhando pra mim.
            Ficamos uns cinco minutos nos encarando, até a minha mãe falar:
- Filha, vamos voltar pro hotel? A festa já está acabando mesmo.
- Vamos sim mãe.
- Você vai agora? – mamãe perguntou a Pattie.
- Não sei... Vamos filho, vamos Scooter?
- Vamos. – os dois responderam.



Continua!